sexta-feira, 30 de abril de 2010

Bom brasileiro

Não gosto desse tipo de frase, mas não resisto: como bom brasileiro que sou, acabo de entregar minha declaração de Imposto de Renda à Receita, nos 40 minutos do segundo tempo.
Ok, ok. Generalizo e sou injusto com a maioria que, em atitude responsável, entregou bem antes. Mas, como disse, não resisti.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Magia

Mais preciosidade encontrada no jornal O Liberal, caderno Classificados. Pensei em mil coisas que poderiam ser ditas sobre esse anúncio mas desisti - ele fala por si. Só um breve comentário: já pensou se a nossa vida fosse realmente controlada assim, seu nome escrito na sola do pé esquerdo de alguém e, ZAZ, você preso pelo resto da vida? Aos que quiserem tentar, fiquem livres. Prometo não criticar.

Prostituição em Belém

O caderno Classificados do Jornal O Liberal dispõe de uma seção voltada para a prostituição. O nome não está ligado ao fato e, de forma delicada, se chama Avisos Diversos - Amizades. Separei alguns para publicar aqui, anúncios escolhidos pelo teor publicitário do texto. Se a alma do negócio é a propaganda, tenho certeza que este negócio vai de vento em popa. Só fica a dúvida: é tanta gente perfeita nesse mundo, mas onde estão que não os vejo?
"sou uma deusa"

"manhosa, carinhosa, fogosa, insaciável (...) não vale apaixonar-se"

"Não tenho restrições, sigilosa, educada, doce e discreta"

"Na cama topo tudo, c/ segurança é claro"

terça-feira, 27 de abril de 2010

Desistir de Belém?

Era domingo, cerca de uma da tarde. Dirigindo pela Rua 25 de setembro me deparo com a cena que choca. Em uma moto, homem e mulher, ambos de capacete, transportam uma criança de colo de uns oito meses. Andavam bem lentamente, prudência desnecessária diante da indescritível imprudência, a simples imagem da criança caindo no asfalto capaz de me arrepiar todos os pelos do corpo.
A piorar a situação, a placa da moto estava coberta por um cartão telefônico, prática usual e tacitamente permitida pela completa falta de fiscalização que impera nas ruas de Belém. Mas eis que meu olho atento de motorista vê, bem à frente, uma guarnição da Rotam, unidade da Polícia Militar paraense, prostrada em uma esquina da dita rua. Pretensamente estavam fiscalizando, pelo que pensei: "pelo bem dessa criança, e de todos, tenho certeza de que a PM vai parar essa moto".
Ainda bem que tive certeza e não fé, pois acho que perder a fé seria bem pior do que perder a certeza no cumprimento da lei. Sim, leitores - a moto com placa coberta e com três passageiros, um deles criança de menos de um ano, passou impávida pelos policiais da Rotam que, por pouco, não acenaram cordialmente.
Um dia antes, saindo da Fox da Travessa Doutor Moraes, noitinha de sábado chegando, quase fui atingido por uma moto que surgiu do nada pela contramão. Essa rua, para quem não a conhece, é uma das mais atravancadas de Belém por conta de uma série de lojas e restaurantes, tudo "organizado" em caóticas filas duplas e estacionamento em 45.º. Nunca, em muitos anos de freqüência à tal rua, pude ver agente público qualquer que lá estivesse para organizar. Nem para nada. Muito menos para organizar.
Ainda no domingo, um pouco antes do primeiro incidente, na mesma Travessa Doutor Moraes da noite anterior, fui levar roupas para lavar. Estacionei na área reservada para clientes da lavanderia e desci. Bem ao lado, onde há um lava-a-jato, um carro popular equipado com aparelhagem de som possivelmente mais cara que o carro, vomitava malditos decibéis de um tecno-brega com letra ridícula. O carro era, possivelmente, de um cliente. Os ouvintes, pela cara e atitude, possivelmente eram os lavadores. O dono a tudo assistia de forma passiva, sentado em uma cadeira de plástico branca próxima ao meio fio. E se alguém não gostou, que fosse embora. E se os moradores não gostaram, que se conformassem. E se ninguém conseguia conversar, que ficassem calados e procurassem um canto mais silencioso.
Diante disso tudo, da empáfia dos malditos que teimam em fazer desta cidade um local insuportável; diante da completa ausência do poder público; diante da falta de amparo qualquer, um local para o qual possamos ligar e ver resolvidos os problemas; diante disso tudo me pergunto: o que fazer? A quem recorrer?
Um amigo, mais drástico, diria: “recorre à TAM ou à GOL, sai da cidade que ela não tem mais solução”. Não sei se é essa a saída, reluto em crer, mas cada vez mais me sinto completamente desamparado em uma cidade largada de forma criminosa por quem dela deveria cuidar.
O policial que vê a moto completamente irregular e não faz nada! O guarda de trânsito que some depois das cinco da tarde, largando as ruas no momento mais crítico e movimentado! A polícia que, diante do som ensurdecedor, desrespeitoso, violador, permanece sumida e finge não existir – disque-silêncio que uma vez houve nessa terra do já teve, disque-silêncio que nem sei mais se existe, diz que uma vez existiu.
Sei que vou encontrar mazelas em todos os lugares. Mazelas existem em Paris ou Nova-Deli. Mas obviamente as mazelas francesas não são as mesmas mazelas indianas - tudo depende da forma que se combate os problemas, ou mesmo da simples existência de combate. Qualquer movimentação é melhor que a inércia absoluta que vejo por aqui.
Por fim: outro dia, vindo para o trabalho em bairro central de Belém, percebi na rua o cadáver de um gato, atropelado. O bicho estava despedaçado, tripas e órgãos que se espalhavam pela rua. A cena era terrível e enojante! Passou um dia, passaram dois dias, três dias. Passaram-se cinco dias é somente na outra segunda-feira os restos do animal tinham sido recolhidos.
Onde, amigos, o corpo de um animal fica cinco dias apodrecendo em rua central da cidade, vítima de urubus e pombos, o fedor que aflige quem tem o azar de morar na proximidade do falecimento?
Onde?

Fotos: Fernando Gurjão Sampaio.
Desculpem a qualidade das fotos, ou a falta de qualidade - foram feitas no Iphone, em semi-movimento.

Uma foto n.º 4

EMENTA: Minha Janela. Chuva. Lusco-fusco.
Foto minha.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

1º Passeio Fotográfico-Gastronômico do Blog Belenâmbulo

Toca o despertador, seco e irritante, no meio da noite. Os olhos que relutam abrir percebem, pela janela, o breu que ainda é dono de tudo. Com o rosto enfiado no travesseiro me pergunto – “Diabos! Por que tocou tão cedo!?” Ainda na cama, vejo acender a luz da sala e minha consciência retorna, lenta e preguiçosa: o passeio! Barulhos! Escuto os grilos e sapos na rua e, no meu banheiro, alguém escova os dentes. Levanto e encontro Wagner Mello já se arrumando - "Vamos?" Volto ao quarto e me visto. De passagem pela cozinha, cato algo qualquer para comer e verifico, pela enésima vez, máquina e pilhas. Beijo quem fica, enrolada em lençóis e fronhas, e partimos. Eram 04h20min da manhã. Já dentro do elevador, o olhar confiante do Wagner Mello me faz crer que tudo correrá como combinado: às 05 h da manhã estaríamos prontos para percorrer a feira e o mercado, provar das delícias e retratar tudo que apaixonasse a vista. Nem mesmo um pneu furado, trocado rapidinho ainda em frente de casa, foi capaz de causar ruindade qualquer: às 05h04min estávamos na frente da Igreja de Santo Alexandre, local marcado como ponto de partida.
Ponto de partida
O convite foi do Wagner Okasaki, do blog Belenâmbulo. A proposta: um passeio fotográfico-gastronômico no sábado, 17 de abril, partindo às cinco da madrugada e que teria como roteiro a Feira do Açaí, Mercado de Peixe, Ver-o-Peso, algumas ruas do Comércio e da Cidade Velha. Quantos mais fôssemos mais seguro seria o passeio. E quanto mais seguros estivéssemos, mais ficaríamos à vontade para aproveitar tudo de belo e encantador do local. Pelas contas do Wagner Okasaki, o organizador, deveriam aparecer umas 10 pessoas. Mas às 05h30min resolvemos iniciar as andanças com os únicos três bravos madrugadores que lá estavam: Wagner Okasaki, Wagner Mello e eu.
Feira do Açaí
A primeira parada foi na Feira do Açaí, lotada de gente e fruto, e passou rápida: pouco tempo depois de chegar, tivemos que voltar ao ponto de saída para encontrar a Shirley Penaforte e o Lafayette Nunes, chegada tardia mas muito desejada, não menos madrugadores do que nós. Agora, em um grupo maior, recomeçamos na Feira aproveitando, com calma e mansidão, a luz e todo o movimento. A Feira do Açaí é algo distante para muitos belenenses e indescritível para os que não moram na cidade. Um mundaréu de frutas que chega pelos rios, um formigueiro de gente que compra e vende e, à margem disso tudo, muita festa - nos bares e bodegas que vivem ao redor da Feira, sol nascendo, ainda dançam insólitos bailarinos ao mesmo tempo em que o trabalho se intensifica. No chão de um bar, um bêbado sujo dorme sono solto, alheio a tudo que corre acordado.
Festa rolando solta, vendedores vendo tudo
Saindo da Feira do Açaí, passamos fotografando a venda de peixe a céu aberto que se monta nas calçadas da Praça do Relógio. Íamos tomando todo o cuidado, que sempre é pouco perto das medonhas narrações de furtos e roubos pelas cercanias. O único que não estava com máquina, Lafayette, vinha sempre por último, olho atento a qualquer movimento suspeito que pudesse significar prejuízo. E sentindo-nos amparados com O Segurança surgido, fotografamos. E eram tantos os tipos de peixe e tantos os tipos de pessoas, que precisamos de atenção para que a visão não se perdesse. Ali há de um tudo: peixes estranhos, pessoas engraçadas, cenas inusitadas, tudo isso esperando quem olhe, e olhamos!
Wagner e Shirley, e nosso segurança, Lafayette
Seguimos até o Mercado de Peixe onde, já mais seguros, passamos a desfrutar das mil histórias que povoam a cachola de nosso segurança. Lafayette parece saber de tudo, de como as coisas eram e como surgiram, quem foram os personagens principais e, por alguns momentos, parece mesmo que ele poderia ter vivido muito do que narrava.
Mercado de Peixe
O Mercado é mais organizado e menos movimentado que a calçada da Praça do Relógio e, por isso mesmo, proporciona a calma necessária para quem quiser caçar boas imagens. Lá nos deparamos com camarões do tamanho de um dedo e peixes que, de tão grandes, mal cabiam na mesa onde eram mostrados.
Rabo de Filhote, medido na mão do Lafayette
Saindo do Mercado fomos, então, ao Ver-o-Peso, famoso mercado onde se vende frutas, legumes e de um tudo - ervas, mandingas, plantas e animais... Já na saída do Mercado optei por me desgarrar do grupo, conhecimento travado com duas figuras que mereceram o desvio e serão retratados em texto futuro - Odemir e Jaci, donos de uma pequena loja de artigos de Umbanda e, ele, o feirante mais antigo do Veropa. Fui laçado novamente ao grupo pelo Wagner Okasaki que, em um átimo a mais de cuidado, voltou para procurar a rés desgarrada.
Café da manhã
Fui encontrar meus companheiros tomando café, tapioquinhas que eram devoradas de forma apaixonada, escorados em bancos de madeira no meio de uma passagem abrigada sob o moderno toldo do Ver-o-Peso. Busquei o mingau de Farinha da Tapioca, lembrança da avó e da mãe, dos tempos da novela Pantanal, e voltei à Barraca da Lúcia, mulher pequena quase do tamanho de suas panelas, preparadeira de delícias que sempre calam minha boca. E nos deixamos ficar ali, meia horinha que fosse, o relaxar depois do estirão pelo meio do povo. Eram 07h30min da manhã. Eu e Wagner Okasaki ainda queríamos tomar uma cuia de açaí, mas optamos por não atrasar mais o passeio, a luz que era perfeita, e decidimos seguir. O organizador, como bom organizador que é, tinha conseguido contato com a gerência do Hotel Ver-o-Peso e, dessa forma, nos foi permitida a subida até seu último andar, terraço com vista majestosa para a cidade - o rio, os mercados, campanários de igrejas e telhados, pessoas, barcos e, lá longe, o mato. Fotos, fotos, fotos e, fôlego retomado, seguimos nosso rumo.
Vista do terraço do Hotel Ver-o-Peso
Quase chegando à Estação das Docas, subimos na Travessa Frutuoso Guimarães até a Praça das Mercês, e mais histórias nos eram contadas pelo Lafayette, que ia explicando placas, nomes e obras. Mais acima dobramos na Rua Santo Antônio, milagrosamente sem muitos vendedores ambulantes, o dia começando que mantém as vendas frias.
Voltando ao ponto de partida
Vimos, com tristeza, um dos mais belos conjuntos de casas em quase total abandono, casas muitas vezes encobertas por horrendas placas de propaganda, todas com gosto duvidoso. E andamos até voltar à Praça do Relógio, agora já lavada e desocupada, sem nenhum sinal do mercado que, antes, ali estava instalado. Pudemos apreciar a beleza do Relógio que antes estava encoberta pelo mar de gente e peixe. E continuando a marcha voltamos ao ponto de partida, já cansados e esturricados.
Praça do Relógio, já sem a feira
Não tínhamos mais condições de continuar pelas ruas da Cidade Velha, pelo que votamos terminar ali mesmo o passeio. Mais algumas fotos, coisa pouca, e nos deixamos ficar sob uma mangueira em frente ao Forte do Castelo. Pedimos águas de coco e ganhamos algumas poucas pupunhas - que logo se tornaram muitas quando passou um vendedor e nos reabasteceu.
Vendedor de pupunhas
Ali mesmo, sentados na Barraca da Loura, acertamos o que faríamos, as postagens e o envio de fotos para comentários do grupo, tudo a ser documentado no Belenâmbulo.
De volta ao começo - Santo Alexandre
E foi assim, com beleza e gostosuras, gente e mistério, que se fez o 1º Passeio Fotográfico-Gastronômico do Blog Belenâmbulo - nome que eu mesmo dei, inventado agorinha, e que espero agradar ao Wagner Okasaki. O resultado, belo!, vimos agora, a troca intensa de e-mail com imagens que seguram. Agora conversaremos e veremos o próximo, não sei se mensal, e esperaremos que mais e mais bravos madrugadores se juntem ao grupo. Belém, uma cidade bela e cheia de mistérios, está aí, portas abertas a quem quiser lhe descobrir.
O grupo

Fotos: minhas, menos a última - do Wagner Okasaki

terça-feira, 20 de abril de 2010

Uma foto n.º 3 - Tchau

Enquanto isso, no Haiti...

Esses são trechos de reportagem publicada no Le Monde, de autoria do correspondente em Santo Domingo, Jean-Michel Caroit. Pelo visto, as coisas no Haiti nunca deixam de ser urgentes:
Foto de Ramon Espinosa
"Três meses depois do tremor de terra que fez mais de 220 000 mortos no Haiti, o relocamento de centenas de milhares de desabrigados constitui a principal derrota do governo e das organizações humanitárias internacionais. Breves mais intensas, tempestades tropicais transformaram os campos improvisados em atoleiros na semana passada. Tendas foram levadas para o terreno de golfe do Pétionville Club, onde se instalaram 70 000 desabrigados, no subúrbio de Por-au-Prince. As chuvas vão se intensificar no curso das semanas que virão. Os meteorologistas da Universidade do Estado do Colorado (Estados Unidos) anunciaram uma temporada de ciclones ativa a partir de junho. Noticiadas pelas rádios haitianas, essas previsões anunciam quinze tempestades tropicais e quatro furacões maiores na região do caribe. A Organização Meteorológica Mundial se esforça para reconstruir um sistema de vigilância e alerta. 'A chegada da estação de chuvas constitui a inquietude principal, pois elas vão deteriorar as condições sanitárias', explica a ONG Ação contra a fome. (...) Traumatizados e temendo novas réplicas, a maior parte dos habitantes se recusa a retornar para suas casas. Outros preferem permanecer nos campos para se beneficiar da distribuição de alimentos e dos cuidados que lá são dispensados. Para descongestionar os campos da capital, as autoridades incentivam os desabrigados a procurar refúgio na casa de parentes e amigos."

domingo, 18 de abril de 2010

Palavra do Dia n.º 28

A palavra do dia de hoje é...

Carminativo (do francês carminatif)
Adj. s. m. Diz-se de ou medicamento que tem a propriedade de controlar gases dos intestinos ou combater a flatulência.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

E se...

...Silvio Santos tivesse nascido no Pará.

Silvio Santos teria nascido pobre (como pobre realmente nasceu), acho que no Telégrafo ou Jurunas. Muito cedo teria começado a trabalhar como vendedor ambulante (como de fato trabalhou), acho que no Ver-o-Peso ou no Mercado de São Brás. Não demoraria a ser dono de uma loja e, com um viés bem agressivo, acabaria por ter várias delas espalhadas pela cidade. Ofereceria vantagens inéditas a seus clientes, fruto de uma visão única e bem particular de gerenciamento de empresas. E utilizando seu dom de comunicador, acabaria por ser dono de uma pequena rádio onde teria programa próprio e contaria com grande participação de músicos regionais. Mas logo Silvio teria que enfrentar a concorrência de novas casas comerciais que, utilizando e reciclando as técnicas inovadoras pensadas por ele, acabariam por lhe abocanhar boa parte do mercado varejista paraense. A rádio de Sílvio também ficaria ruim das pernas, a recusa de seu dono ao novo estilo chamado brega. Sílvio, fã confesso de boleros e músicas mais “clássicas” da MPB, acabaria perdendo ouvintes que, cada vez mais, escutariam Reginaldo Rossi e trupe. O golpe final seria a chegada do Axe Music baiano que, invadindo a programação das demais emissoras, passaria como um rolo compressor pela rádio Abravanel FM. Amargando prejuízos e falta de anunciantes, Silvio teria de vender a rádio para um grupo de comunicação do interior do Estado, mais ajustado ao gosto “moderno”. As lojas de Silvio minguariam até sua quase total falência, restando somente um ponto de pequeno porte em canto menos nobre no Comércio. Inconformado com o triste destino de seus negócios, Silvio acabaria por se separar de sua mulher e se tornaria uma pessoa amarga e solitária. Deixaria a administração de sua única loja para suas filhas e iria morar sozinho em uma antiga casa, na São Jerônimo (atual Av. Gov. José Malcher), quase chegando na Praça da República. Diariamente iria vestir uma bermuda de linho, camisa social sem mangas, e se sentaria no Bar do Parque relembrando os bons e velhos tempos de Belém. Se recusaria a ter celular e a escutar rádio, repulsa à última invasão de tecnomélodys, bregas e tecnobregas. Por fim, morreria sozinho e semi-abandonado, se recusando a aceitar o lema: “Belém, terra do já teve”. Seu velório seria simples, em uma das capelas da Beneficente Portuguesa, e curtas seriam suas notas fúnebres: uma da família enlutada. Uma da Loja Abravanel. Uma última de alguns poucos e fieis amigos.

Seja sempre sincero



Contra a homofobia, tirado do Capinaremos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Obelisco de Luxor, em Belém?

Paris recebeu dos egípcios um obelisco que milenarmente estava na entrada do Templo de Luxor. O Obelisco foi re-erguido em 1836, por ordem do rei Luiz Felipe, na Praça da Concórdia, justamente no local antes ocupado pela temida guilhotina.
Em Belém, cidade já ornada com réplicas do Big Ben e da Estátua da Liberdade, não poderia faltar réplica de monumento alusivo à Cidade-Luz. Eis então que me deparo, esquina da 3 de maio com Conselheiro, com a tal cópia.
Obelisco da 3 de maio
Me intriga que, em uma cidade já completamente poluída e visualmente destruída por uma fiação horrenda, ainda se permita a instalação de postes que mais parecem monumentos mal acabados dedicados ao descaso e à feiúra.
Percebi que o tal poste não é o único, em feia seqüência que percorre a 3 de maio, sentido da baixada, e ainda corta grande parte da Mundurucus, até quase o canal que lhe põe fim. São dezenas de mondrongos enormes, metros e mais metros de puro descaso com a cidade já desgastada por tantos descasos.
Postes ao longo da 3 de maio
Não sei o que são os enormes postes, pontos de penduração de algo qualquer, e nem sei quem os colocou ali, meio da cidade, rua movimentada no ir e vir diário de muitos. Só sei que lá estão, e pobres nós que somos forçados à convivência monstruosa.
Obelisco na esquina da Mundurucus com Castelo
Coisas de Belém.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Um minuto de sabedoria

Do Victor Cabral Vieira, minuto cultural com toda a intelectualidade e sutileza presente nas obras musicais Soteropolitanas.

Lobo Mau
Ivete Sangalo

Eu sou o lobo mau, hau, hau
Eu sou o lobo mau, hau, hau
Eu sou o lobo mau, hau, hau
Eu sou o lobo mau, hau, hau
E o que você vai fazer, HAAAAAAA
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás
Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás
Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás
Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás
Pra que você quer saber?
Eu sou o lobo mau, hau, hau
Eu sou o lobo mau, hau, hau
Eu sou o lobo mau, hau, hau
Eu sou o lobo mau
E o que você vai fazer
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Merenda boa, bem gostozinha
quem preparou foi a vovozinha.
êta danada, êta!
Merenda boa, bem gostozinha
quem preparou foi a danadinha
êta danada, êta!
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer,
vou te comer, vou te comer, vou te comer.


Uma foto n.º 2

EMENTA: Minha janela. Chuva. Lusco-fusco.
Foto minha.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A contratação de Messi

Abaixo, tradução livre de trecho de reportagem de Luiz Martín, publicada no
El País:
Jorge Messi se plantou e, farto de dar voltas pelas instalações do Camp Nou durante o mês de outubro de 2000, ameaçou levar seu filho se o Barcelona não firmasse naquele mesmo momento um contrato. A Carles Rexach, diretor desportivo do clube, o ultimato soou tão sério, e o garoto parecia tão bom, que pegou um guardanapo de papel e, no restaurante do Club Tenis Pompeia, presidido por Josep Maria Minguella, escreveu: "Eu, Charly Rexach, na presença de Horacio Gaggioli [representante de la empresa Marka, e que atuou em nome da família Messi] e Josep Maria Minguella, me comprometo com a contratação de Lionel Messi, nas confições pactuadas e levando em conta as regras internas que existem no clube".

No FaloPorqueTenhoBoca

Na minha leitura matutina de blogs preferidos, me deparo com o soco no estômago que é o texto da Waleska, do blog FaloPorqueTenhoBoca. O texto é fantástico e devia ser tornado público, as mazelas escondidas por porteiros rudes em locais onde tudo pode acontecer. Em alguns trechos, mais parece que a autora se encontra em um Campo de Concentração, não em um Pronto Socorro Municipal. Leiam aqui, e DIVULGUEM!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mais Belenâmbulo

O Prefeito Duciomar Costa declarou ontem, eu seu
Twitter:

@duciomar Minha indicação de hoje é um blog que considero importante para Belém, o http://belenambulo.blogspot.com/

Nada mais justo, Prefeito. Só falta ler mais o blog e combater as mazelas lá escancaradas.


Convite do Belenâmbulo

Saiu no Belenâmbulo, blog companheiro do Domisteco:
O Belenâmbulo convida todos os ilustres visitantes para um passeio turístico-histórico-gastronômico-fotográfico, no próximo sábado (17/04), a partir das 5 horas da manhã.

O roteiro proposto é:
- Feira do açaí
- Café-da-manhã no Ver-o-Peso
- Cidade Velha
- O que ocorrer

Domisteco e Xipaia já disseram que vão.

Ponto de encontro: Igreja de Santo Alexandre

Aos interessados, recomendo confirmar a presença por e-mail: belenambulo@yahoo.com.br

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Indenizações

Em Porto Alegre, RS, um homem foi condenado a indenizar em R$-868,28 o motorista que o atropelou. O Tribunal de Justiça do RS chegou à conclusão de que o atropelado havia causado o acidente, pois foi imprudente ao atravessar a rua fora da faixa de pedestres, ainda com o sinal aberto para os carros.
E um grego pede indenização de 5 milhões de euros a um fabricante de laticínio sueco, pois que teve uma foto sua estampada na embalagem de um iogurte, com a denominação "turco" ao lado da imagem. Turcos e gregos vivem em constante conflito por conta da situação do Chipre, que tem a maior parte da população de origem grega, e que foi invadido pela Turquia em 1974 - situação que perdura até hoje.

Palavra do Dia n.º 27

Pois que sempre conheci Almeidas, sem nunca saber o que significava, o prêmio de Palavra do Dia vai para...

Almeida (talvez de Almeida, antropónimo)
S.m. Infrm. Varredor de rua; S.f. Mar. Abertura que dá passagem à cana do leme.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A Usenet, o spam e o presunto

Rolava o ano de 1979 quando dois universitários da prestigiada Duke University, Tom Truscott e Jim Ellis, resolveram criar um sistema de redes bem parecido com a Internet. Interligando vários computadores, com o objetivo de trocar informações, surgia a USENET. A troca de informação se dá, principalmente, por meio de fóruns, nos quais são trocados textos semelhantes correios eletrônicos, mas sem a possibilidade de inclusão de imagens ou sons - era o texto puro. Com o passar dos anos, o interesse pela novidade em uma época pré-internet foi crescendo de forma vertiginosa com a interligação de mais e mais micros, além do surgimento de milhares de servidores por todo o mundo (alguns deles pagos, com ilimitada possibilidade de transferência de dados e critérios mais rígidos para postagens, e os gratuitos, com limite de dados e sem muitos critérios de postagem, grandes responsáveis pela prática destrutiva de spam). Até hoje a Usenet não tem uma estrutura centralizada. A Usenet é bem menos utilizada do que a Internet, tanto que no Brasil não é conhecida - e não vou me adentrar nas razões que podem ter levado a isso. E justamente pelo fato de ser pouco conhecida e utilizada, a internet que devasta a concorrência com suas facilidades cada vez maiores, a Usenet tem, geralmente, um nível mais alto em seus grupos de discussão, e mesmo conteúdo que não é encontrado na rede mundial. Apesar de ser cada vez menos utilizada - culpa de suas próprias limitações, da concorrência com a internet e da quantidade crescente de Spam - a Usenet demonstrou seu poder de fogo em 2001, quando o Google adquiriu um servidor que tinha quase todos os artigos já postados desde 1981! Imaginem a quantidade e qualidade de informação postada em grupos restritos e mais selecionados, tudo isso em poder da Google?!

A Usenet tem histórias bem engraçadas, inclusive são muitos os que afirmam ter sido lá o local do surgimento famigerado spam: em 5 de março 1994, uma dupla de advogados de Phoenix, Arizona, Lawrence Canter e Martha Siegel, especializados em casos de imigração, acharam por bem enviar uma mensagem intitulada "Green Card Lottery 1994 may be the last one!..." para pretensos interessados em grupos de discussão específicos na Usenet. Tal fato gerou revolta e diversas manifestações, o que só fez aumentar a ânsia por publicidade dos causídicos. Tanto que eles repetiram o envio em 12 de abril de 1994, desta vez por meio de um programa automatizador de envio, desta vez para TODOS os grupos de discussão da Usenet. A repercussão foi maior e os advogados acabaram entrevistados por jornais e revistas, além de o fato ter sido noticiado em quase todas as redes de televisão americanas.

SPAM é o nome de uma marca de presunto condimentado produzido pela Hormel Foods desde 1930. É uma marca tão conhecida que acabou sendo alvo de uma brincadeira do grupo de comediantes Monty Python: no texto, em uma taberna, um grupo de vikings repete de forma tão exaustiva a palavra SPAM, se referindo ao embutido da Hormel, que acaba ficando burlescamente chato. E a sensação de incômodo que surgia da repetição do termo Spam, acabou sendo utilizada para descrever o incômodo surgido pelo recebimento de mensagens não solicitadas - o que obviamente é combatido de forma incessante pela Hormel Foods, vide o trecho da mensagem encontrada no site da Hormel -

"SPAM & the Internet - We do not object to use of this slang term to describe UCE, although we do object to the use of the word "spam" as a trademark and to the use of our product image in association with that term. Also, if the term is to be used, it should be used in all lower-case letters to distinguish it from our trademark SPAM, which should be used with all uppercase letters."

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Está tudo explicado!

Bispo de Tenerife afirma: "Puede haber menores que sí lo consientan -referiéndose a los abusos- y, de hecho, los hay. Hay adolescentes de 13 años que son menores y están perfectamente de acuerdo y, además, deseándolo. Incluso si te descuidas te provocan".


Sim, a culpa é das crianças, que diante de padrecos galalaus, cheios de autoridade e poder, têm plena capacidade de dizer NÃO!

Breve Manual do Espaço Restrito

O velho ditado de que só sentimo falta de algo quando o perdemos nunca foi tão verdadeira. No caso, a perda foi de espaço, é dele que sinto falta nas complicações diárias de tentar arrumar um pequeno apartamento de forma satisfatória. A bem da verdade, o apartamento não é tão pequeno, mas os problemas existem e têm sido verdadeiros quebra-cabeça. Mentalmente, comecei a elaborar um manual para situações semelhantes, ajuda qualquer para o encaixe das peças que teimam em não combinar. Assim, apresento-lhes o resulta parcial de minhas elucubrações:

1. Meça tudo e tenha sempre uma trena por perto. Tudo tem de ser minuciosamente medido, re-medido e calculado, ou você corre o risco de reformar toda a cozinha e, no final, perceber que a bancada ficou grande e não permite que a porta da geladeira se abra. Para resolver o problema, a solução é simples: coloque a geladeira na área de serviço! Mas na área não há lugar para a geladeira e a máquina de lavar… Neste ponto surge a escolha: roupa limpa ou comida conservada? Obviamente você optará pela comida e, sem máquina de lavar, mais um problema te afligirá: a máquina de lavar, trambolho enorme que não cabe em nenhum outro canto, e a lavagem de roupa que não pode ser feita em casa.

2. Procure móveis sob medida. Nada daquela cama irreal que nem entra pela porta do quarto, ou aquele armário inglês lindo que sua mãe lhe deu, mas que nem fica de pé de tão pequeno que é o pé-direito do imóvel. Contente-se com móveis menores e sonhe com a mudança para a casa maior, o espaço que sobrará e comportará aquele sofá de três peças, a mesa para 12 lugares...

3. Compre móveis e objetos funcionais. Uma boa dica são as rodinhas: tudo que tem roda pode ser facilmente mudado de lugar e re-arranjado, dependendo da situação. Ou seja, entre comprar uma mesa de centro com ou sem rodas, logicamente opte pela última. Reflita ainda sobre a aquisição dos seguintes objetos: um sofá cama, mesmo que você não tenha quem durma lá; ou de cama e sofá com gavetas embutidas na parte de baixo. Certamente não são os modelos mais bonitos, mas você agradecerá por tê-los comprado quando tiver que acomodar aquele primo que veio para o Natal, ou guardar o presente irrecusável que sua avó lhe deu - aquele faqueiro de prata inglesa com 500 peças.

4. Não compre trambolhos. Outro dia vi um forno elétrico que funcionava como grelha e cafeteira (e sabe lá o que mais!?). Era lindo, charmoso e barato, mas era quase do tamanho de um microonda e, de tal forma se mostrava um trambolho, que nem quis conhecer melhor a maravilha. Se você já não sabe onde colocar o botijão de gás, e nem tem uma parede decente para uma televisão, não crie mais uma preocupação com a aquisição de um novo trambolho!

5. Tenha imaginação e ocupe espaços mortos. Ande pelo apartamento e pense, imagine, ouse! Se você olhar bem, vai acabar encontrando alguns espaços que não seriam utilizados, mas que com um pouco de planejamento podem acabar por comportar um bom armário. Vale aquele canto em cima da geladeira, o esquecido vão na sala ou, quem sabe, o espaço que fica sobre sua mesa de estudo. Nessa brincadeira boas idéias podem surgir, e você ainda consegue ameniza, um pouco que seja, o problema com a falta de espaço. E se seus olhos não são treinados o suficiente, pense na possibilidade de chamar alguém para lhe ajudar, arquiteto ou engenheiro, ou mesmo aquele amigo mais criativo e com maior experiência em obras ou reformas.

6. Aprenda a viver com pouco. De nada adianta ter seis toalhas de banho, seis toalhas de rosto, cinco jogos de lençóis e três baldes se você quase é obrigado a dormir no corredor. Quanto mais coisa você tiver, mais espaço vai ter de arranjar para guardá-las. Assim, aprenda a viver com uma quantidade menor, um sábio processo de re-educação de consumo! E isso vale para tudo: objetos pessoais, móveis, livros e comida. No caso de móveis, sobretudo, muito cuidado: se você já mora em um local pequeno, não o deixe menor com móveis que não te permitam andar com a mínima desenvoltura - lembre-se que ali é sua casa, e nada mais desconfortável do que andar na sua sala como se fosse um campo minado, pé ante pé, o cuidado permanente com o quebrar ou trombar com algo (aqui, reler a regra 2, móveis sob medida).

7. Evite coisas que possam significar estresse. Um apartamento pequeno requer um som pequeno, uma televisão pequena… Nada de comprar uma tela plana de 70 polegadas para seu quarto de cinco metros quadrados, ou uma aparelhagem capaz de te ensurdecer, para entreter seus convidados na sala de dois por dois. Fatalmente você ficará com dor de cabeça e acabará por não os utilizar, mais trambolhos que ficarão lá, jogados, lembrete constante de sua incapacidade para lidar com a falta de espaço.

8. Opte sempre pelo que é confortável. Você foi à loja de móveis e viu aquela cadeira linda, toda em couro vermelho e formato de taça de vinho, preço de pai para filho, mas que é dura tal qual pedra. Lembre-se que seu reduzido espaço não permitirá comprar duas cadeiras, o que significa dizer que você e todos os seus convidados serão obrigados a sentar naquela máquina de tortura ad aeternum. Então, quando for comprar um móvel, opte sempre pelo que lhe proporcionar o maior conforto, mesmo que seja o menos bonito ou o menos charmoso, pois você só poderá dispor daquele mesmo (aqui, reler a regra 3).

9. Não acumule trabalho, seja louça suja, seja lixo a retirar. Em uma casa grande, certamente é mais fácil evitar o desagradável encontro com tais relaxos. Mas em uma casa pequena, qualquer coisa fora do local insistirá em lhe encarar de forma ameaçadora. Assim, não acumule trabalho e mantenha tudo sempre em ordem, melhor forma de conviver bem com seu espaço.

10. Tenha uma planta. Plantas não dão muito trabalho e, fora lhes regar e podar, nada mais exigirão de você. Ocupam pouco espaço, além de dar à sua pequena casa um ar mais habitável e confortável. Opte por ter uma planta e você não se arrependerá (e mesmo que se arrependa, é bem mais fácil encontrar um dono para a planta do que para aquele Dog Alemão que você supôs poder manter nos míseros 40 metros quadrados do seu apartamento).

11. Não tenha um bicho. Animais? Evite-os! Em um apartamento muito pequeno, fatalmente um coco ou xixi tomarão grandes proporções, mesmo que seja de um gatinho ou um cachorrinho. Peixes, se não tiverem a água mudada constantemente, resultarão em um constante cheiro de pitiú - e acreditem, trocar a água de um aquário não é coisa simples. Mesmo pássaros, não os recomendo - uma coisa é escutar o canto do sabiá naquela casa de 200 metros quadrados, puro som da natureza perto de você; outra coisa é o canto constante do bicho em um pequeno apartamento de 30 metros quadrados, desgraça aprisionante de não ter para onde escapar. Além disso, lembre-se: animal precisa de espaço próprio e lugar para vasilhas, camas, gaiolas, móveis para aquário, espaço para ração - sem falar na dificuldade já mencionada para arranjar um novo dono para o seu bichinho, no caso extremo de desistência.

São essas as 11 regras que imaginei, em um final de tarde de bagunça e planejamentos mil, o armário que não cabia em local nenhum! Espero que ajudem, espero que me ajudem, e fiquem livres para complementar com novas regras ou observações.