terça-feira, 25 de maio de 2010

Fotonovela Tosca n.º 2 - Saudade do jambu


Elis era uma pessoa triste, a falta absurda de jambú em sua vida, a impossibilidade material de tomar um mísero tacacá na cidade de Sumpaulu. E assim ia vivendo a paulistana mais paraense do que muitos nascidos aqui pelas bandas do Jurunas ou da Pedreira...
Mas eis que em um belo dia cinzento de inverno, a tardia cavalaria chega montada em um isopor de 37 litros, carregado de gostosuras mil. Tocam a campainha e esperam, ansiosos e felizes por saber estar cumprindo com o dever sagrado de alimentar quem tem fome.
Em um pulo sobre-humano, a antes entristecida Elis pressente, com o tocar do sinalete, que sua vida mudaria. E tal qual a mulher que está prestes a ganhar o mais lindo buquê de flores, Elis se imagina arrumando os vasos para o breve descanso do jambú, antes do tacacá.
Correndo à porta, quase sem conseguir parar nos limites necessários, Elis se joga e se entrega à esperança de que não seja somente mais um vendedor ambulante de milho verde, destes tantos que perambulam pela cidade e se proliferam tal qual pombos e ratos.
"Oh! Meu bom amigo Fernando. Inteligente, altivo, esperto e sagaz como só você é capaz de ser. E acompanhado da sábia Tainá, famosa guerreira da tribo Tupi-Guarassuco. Sabia que me salvariam com um esferovite de bom tamanho, repleto de gostosuras"
Nenhuma força do mundo seria capaz de segurar a ânsia da saudosa Elis, a exploração diária na cobrança de 20 reais por um pequetucho maço de jambú de segunda.
E cada movimento era uma descoberta de sabores e sensações. Com a tampa que era jogada para longe, a sala se completava e se enchia com os cheiros mais diversos vindo do Pará.
"JAMBÚÚÚ"

E assim termina nossa segunda fotonovela. Quem não gostou, que faça uma melhor.

12 comentários:

Tainá Aires disse...

conhecer a elis foi, sem dúvida, uma das melhores coisas dessa viagem.

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk Fantástico.
Já te disse q ela parece contigo fisicamente?
Desculpe Elis, não foi uma ofensa a sua pessoa...

Parabéns Tanto...tb não sou paraense e adoooro jambu. Alomoço num restaurante q servem eles com as verduras..assim, sem tucupi rs.

W

Anônimo disse...

Vc pensa nisso sozinho? Muito bacana

Anônimo disse...

One question: Aquele isopor todo era só com JAMBUUUU?
Eu não bilieve. rs

W

Anônimo disse...

Vcs deviam se profissionalizar
Pati

Elis Marchioni disse...

Faltou uma foto do vaso com jambus, queres?

Beijos!

Yúdice Andrade disse...

O mais impressionante é que tu convences as pessoas a participar disso!
Meu amigo, adorei a fotonovela. Muito legal, mesmo!

Tanto disse...

Tainá - realmente a Elis é dez, que nem Deus.

W - Fisicamente, não sei. Mas somos parecidos em bastante coisas. E o isopor estava cheio de muitos outros quitutes - leia em postagem anterior.

Anônimo das 22:27 - me orgulho de pensar nisso sozinho sim.

Pati - Sempre pensei em me profissionalizar, mas me falta tempo e coragem.

Elis - pode me mandar a foto. Aquilo é único.

Yúdice - as pessoas adoram fotonovela. Não preciso de muito trabalho para convencê-las. E obrigado. Que bom que gostou.

Anônimo disse...

Elis, adorei a fotonovela. Fantástico. O bom humor é tudo! É o que vale!

Silvana Saldanha disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!! Adorei! Conhço a Elis, embora menos do que gostaria, mas o pouco que conheço dela é como você narrou!
Abs
Silvana.

Lafayette disse...

Muito bacana!

Tanto disse...

Anônimo das 16:10 e Silvana Saldanha - realmente Elis é uma pessoa única. Que bom que gostaram da fotonovela.

Lapha - minha próxima fotonovela será contigo.